A importância da religiosidade/espiritualidade nos tratamentos para infertilidade

féOlá, pessoal!

Semana passada aconteceu em Helsinki-Finlândia o Congresso da Sociedade Européia de Reprodução Humana, um dos mais importantes da área de Reprodução Assistida e eu, como pesquisadora, tive a alegria de ter  2 trabalhos meus selecionados para esse evento. Assim, irei dividir com vcs o que observei nestas pesquisas, postando, primeiramente, um dos trabalhos.

O primeiro trabalho teve como tema: A importância da religiosidade/espiritualidade em mulheres inférteis. Nesta pesquisa, meu objetivo foi investigar se a religiosidade/espiritualidade auxiliava na diminuição de sintomas de ansiedade e depressão. Utilizei no estudo uma escala, já validada, que mensurou religiosidade/espiritualidade (Spirituality Self Rating Scale) e outra escala que mensurou sintomas de ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale ). Participaram da pesquisa 80 pacientes em tratamento de reprodução assistida (coito programado, inseminação artificial e fertilização in vitro). Como resultado observei que a religiosidade/espiritualidade não auxiliou na diminuição dos sintomas de ansiedade e depressão das pacientes, porém, demonstrou ser um recurso importante no enfrentamento da infertilidade, uma vez que colaborou para a manutenção das mulheres em tratamento, já que, pacientes  com maior tempo de infertilidade e número de vezes de realização de tratamentos anteriores pontuaram significantemente mais na escala de religiosidade/espiritualidade.

Portanto, este estudo mostra que a fé/religião auxiliam sim na conquista da gravidez, pois é preciso fôlego e muita força para seguir em frente e não desistir das tentativas frustradas de tratamento, pois a gravidez, tanto a que acontece em casa quanto a que ocorre por meio de tratamentos, está relacionada sim ao número de tentativas para alcançá-la.

Espero que tenham gostado! Em breve postarei o outro estudo.

Luciana Leis

A importância da fé em meio à dificuldade de gravidez

Olá pessoal!

féHoje quero abordar neste espaço um tema muito importante para todos os casais que estão na busca por um filho: a fé em meio às tentativas de gravidez (com ou sem os tratamentos de reprodução assistida).

Não pretendo, em hipótese alguma, falar de religião aqui, mas sim, da importância da fé e espiritualidade na luta pelo filho. É fato que a vida, assim como a morte, ainda é um mistério para todos nós e, por mais que a medicina tenha evoluído, está longe de encontrar respostas precisas para esses temas.

Por que, por exemplo, um embrião considerado de boa qualidade, num processo de fertilização in vitro, não implanta no útero de uma mulher? Não sabemos. Assim como também não sabemos por que outra mulher conquista a gravidez com um embrião de pior qualidade. Não há respostas para tudo e, quando estamos abordando a temática “vida”, percebemos que temos menos respostas ainda.

Há uma força muito maior que nós que controla o momento de chegada e partida das pessoas nesse planeta. Portanto, nenhuma mulher é capaz de controlar quando irá engravidar e, mesmo que esteja sendo submetida a tratamentos de reprodução assistida, a garantia de um filho não existe. O que se pode fazer é somente buscar pela gravidez.

Nestes momentos, percebo que a fé pode auxiliar bastante no enfrentamento dessa situação, afinal, se não é possível controlar a gravidez, nos sentirmos amparados numa instância maior que controla esses eventos pode ser bastante reconfortante. Inclusive, há estudos que mostram o quanto a fé auxilia no melhor enfretamento de situações difíceis da vida.

Daí, não interessa o deus ou religião de cada um. O que importa mesmo é a crença interna de que o sonho será possível e o sentimento de não estarmos sozinhos nesta caminhada.

Luciana Leis